Eu preciso de ajuda, e você?

E eu que não entendi o que ele quis dizer com “as mães das mães: as avós! Óbvio né Thaís! Chega a noite a cabeça já não funciona!

Eu preciso de ajuda, e você?

“Quando eu estava grávida do meu primeiro filho tinha certeza absoluta que não precisaria de ajuda alguma.

Imagina, justo eu que sempre quis ser mãe. Eu que quando menina já tinha o tal sentimento materno nos níveis mais altos que você pode imaginar. Eu que andava com um boneco “bebê” , Manolo, para cima e para baixo com um lençol na cabeça para fingir que eu tinha cabelo comprido, já que minha mãe não deixava meu cabelo crescer mais que a altura do pescoço.

Imagina que eu ia precisar de alguém para me ajudar com o meu filho?

Amo crianças e bebês, e sempre tive vontade de trabalhar com eles. Fiz faculdade pensando nisso. Meu trabalho sempre foi com eles. E desculpa a modéstia, me saio muito bem. Claro, é a minha praia! Por isso, pensava que tiraria de letra a tal maternidade. Mas sinto dizer que não é assim que a coisa acontece.

Meu boneco, quando menina, não fazia coco e nem xixi, não tinha cólicas, não acordava de madrugada chorando, não mamava no meu peito, também não andava para cima e para baixo correndo altos perigos, não respondia para mim, não fazia manha e não exigia minha atenção o tempo inteiro. Quando eu cuidava do Manolo não tive maternity blues, e quando eu cansava, deixava ele em cima da cama por dois dias seguidos. Sobre os meus pacientes, são uns amores, claro, só ficam comigo uma hora por semana e o mais importante, não sou mãe deles. Mas mesmo sabendo disso tudo, não passava pela minha cabeça que eu teria vontade de ser ajudada, e preciso confessar: sofri demais com a minha própria resistência. Isso foi um grande e desnecessário atraso.

Querer carregar aquilo que idealizamos, mesmo sentindo cansaço e dificuldade é de uma estupidez sem fim. Fazendo isso conseguimos deixar a maternidade mais complicada do que já é.

Por isso, não queira dar conta de tudo. Eu, você, todas nós precisamos de ajuda, o máximo que puder.

Ela vem da sua mãe que fica com seu filho para você dar uma volta e respirar, de uma tia que distrai seu bebê para você pode tomar um banho decente, de alguém que trabalha na sua casa para você poder ir no mercado sem bebê chorando e pedindo colo, do seu pai para você poder tomar um café com amigas.

Sim, amigas! Saiba que essas são essenciais! A ajuda vem das antigas e das novas que a maternidade traz de presente para a gente. E que presente maravilhoso! Com algumas delas você pode falar tudo o que sente, fazer rodízio para pegar na escola, chorar, rir, e o melhor de tudo, se sentir acolhida!

Então, você que está grávida, pense sobre isso com carinho: ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de união e força”.

Texto: Thaís Vilarinho Mãe Fora da Caixa

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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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