Mudança e rebolado

Mudança e rebolado

Mudar não significa errar ok? Muito pelo contrário. Mudar é tão nobre. Por isso, em um mundo cheio de caixas, certos, errados e radicalismo extremo a capacidade da mudar deve ser valorizada.
A grande questão é que mudar não é fácil, então o nosso cérebro prefere classificar mudança como algo errado, já que para mudar ele precisa trabalhar. Espertinho ele, né?
Mas com a maternidade não tem jeito, minha amiga! Nos deparamos o tempo todo com mudanças, e somos obrigadas a exercitar todo santo dia o famoso jogo de cintura. 
Às vezes me sinto em um grande teste. Tipo: "Então mocinha, vamos ver se você tem a capacidade de mudar que uma mãe precisa?", ou "Thaís como vai o improviso, consegue rebolar o suficiente?"
Então, é bem por aí. Não precisamos de muitas horas sendo mães para perceber que a teoria dificilmente bate com a prática. Acabamos mudando, mesmo tendo certeza absoluta que a maneira que não funcionou é a correta! Aprendemos com a maternidade que não existe certo e errado, e sim o que funciona e o que não funciona para cada uma de nós.
Mudamos por eles, para eles mas não fazemos a mínima idéia em como isso converte positivamente para a gente! 
Ficamos mais maleáveis e acabamos nos tornando mulheres mais desenroladas para a vida.
Você tinha em mente que seu filho nunca dormiria na sua cama, certo? Mas às vezes ele acorda e chora tanto que você já não sabe mais o que fazer, não é? Será que é o fim do mundo, nos momentos de choro compulsivo, acalma-lo na sua cama?
Não conseguiu parto normal de maneira alguma? Sofrer? Para quê? Cesárea com felicidade.
Não tem lencinho para limpar o nariz sujo do seu filho? Limpa na sua mão, disfarce e sorria.
Pensou que nunca daria doce para o seu filho, mas ele provou sorvete e amou? Tomar sorvete de vez em quando seria mesmo um grande problema?
Não conseguiu amamentar de forma alguma? Leite na mamadeira regado a muito amor.
Não tem fraldinha para limpar a boquinha?
Usa o body extra que está na bolsa, com classe.
Pensou que quando fosse mãe iria continuar trabalhando em tempo integral, mas não está feliz assim? Pense em outras possibilidades, sem grilos.
Pensou que seu filho nunca assistiria TV, mas ele viu no vizinho e amou as músicas da Galinha Pintadinha? Repense, pondere, tente equilibrar.
A chupeta caiu no chão e só tem água a muitos e muitos metros de distância? Dá uma limpadinha na parte interna da sua blusa e sorria, sempre.
Pensou que tinha nascido para ser mãe em tempo integral e não está feliz assim? Aceite o que você sente e vai procurar algo para fazer, sem medo.
Nossos filhos nos trazem grandes presentes, mas acho que o maior deles é essa capacidade mágica que adquirimos de mudar e se reinventar. 
Por isso não pense duas vezes, deixe a mágica acontecer, é tão bom! Mude e rebole, por eles e por você, sempre!
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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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