Culturalmente existe um estigma muito forte sobre as diferenças do sexo masculino para o sexo feminino. Os homens são vistos como mais quietos, objetivos e pouco sentimentais. Já as mulheres são vistas como mais falantes, pouco objetivas e muito sentimentais.
Tendo isso em mente, nós pais, muitas vezes aceitamos, por exemplo, que um filho não queira falar sobre o que aconteceu no seu dia na escola ou que uma filha seja dramática por pouco. Entretanto, para criarmos bem meninos e meninas, não podemos deixar que as características de cada gênero “justifique” o comportamento das crianças.
Na verdade, o que temos que fazer é o oposto. Em vez de aceitar as características de cada gênero, devemos estimular os meninos a se comunicarem mais e serem mais emotivos. E as meninas, incentivar a controlar melhor suas emoções e a ter força de vontade para correr atrás dos seus sonhos e não se acomodarem.
Já com relação a essa diferença de gêneros, quando os filhos começam a descobrir a sexualidade, a dica é orientá-los em relação ao domínio do corpo. Sempre na base de muito diálogo, devemos ensiná-los a ter responsabilidade e consciência sobre o próprio corpo, e fazê-los entender que são responsáveis por cuidar do corpo com respeito a si e ao outro. Meninas não precisam de maneira nenhuma usar o corpo para agradar o outro, ou para provar amor. E meninos não necessitam mostrar sua masculinidade através de atitudes que não sejam espontâneos ou desejados por eles.
Se ajudarmos os nossos filhos na formação da vontade deles próprios estaremos contribuindo para que eles não se tornem vítimas dos outros e sim donos de seus atos. Tentar equilibrar as distorções de gênero is the new black! As crianças que forem educadas assim com certeza serão adultos mais felizes! Adultos que serão capazes de olhar o outro com respeito, entender e expor seus sentimentos, e correr atrás dos seus sonhos não sendo vítimas da vida.