Não existe receita para ser mãe

Não existe receita para ser mãe

É tão triste ver mulheres que são mães, e que já passaram e sabem que essa experiência não é de longe a das mais fáceis, acharem que podem “ensinar” para outra mulher a maneira “correta” de ser mãe. Como se para ser mãe existisse alguma receita pronta.

Acho isso muito perigoso, principalmente no que diz respeito a blogs que falam sobre maternidade. Nós, como divulgadoras de informações, pensamentos e vivências, precisamos tomar cuidado e entender que existe uma diferença muito grande entre falar de experiências, passar dicas para tentar ajudar a informar novas mamães, e falar como ou o que elas devem fazer.

Penso que nada que é radical é saudável. Uma pessoa que quer ajudar diversas mulheres nesse mundo materno não pode ter essa característica de achar que só o que pensa é correto, senão ao invés de trazer paz, trará para uma mãe de primeira viagem tudo o que ela não precisa: angústia e ansiedade.

Tenho pena em pensar o que esse mar de informações radicais e autoritárias que temos acesso com um simples clique no google pode causar em uma grávida que está gerando seu primeiro bebê.

Voltando ao nosso ponto: Como assim receita pronta, se estamos falando de seres-humanos (ainda mais do sexo feminino) que passarão pela experiência única, de dar vida a um novo ser?

O fato é que cada mulher é de um jeito e a maternidade vai ser sentida de forma diferente por cada uma. Não existe receita pronta! O que existem são caminhos infinitos que cada mãe com seu bebê trilhará o que for melhor para os dois.

Lógico que sabemos que, principalmente nesse início da maternidade, o que se fala muito é do que seria o mais natural possível de acontecer que é o parto normal e somente leite materno até os 6 meses de vida. Entretanto, isso pode funcionar para algumas mães mas, para outras não. Não é uma lei, entendem?

Eu mesma quis que tudo acontecesse dessa maneira comigo e com o meu primeiro bebê. Entretanto, não consegui ter parto normal. Minhas contrações já estavam acontecendo de 5 em 5 minutos, eu não sentia dor e não dilatava. Então o médico optou pela cesárea pois, estava preocupado com o bem estar do meu filho, que já podia estar sofrendo. Eu entendi o médico, porque confiava nele e sabia que ele faria acontecer da melhor forma para ambos (mãe e bebê).

Com relação a amamentação, tive problemas no início. Queria muito amamentar, mas meu nenêm tentava, tentava e não conseguia mamar. Então, no hospital, vinham umas 3 enfermeiras para tentar nos ajudar porém, aquele monte de gente me angustiava demais. Chegou um momento que falei: Eu gostaria que todo mundo saísse do quarto para eu ficar sozinha com o meu filho e tentar amamentá-lo. Foi nesse momento, só eu e ele, que finalmente ele conseguiu mamar.

Por isso mamães, gostaria que pensassem em uma coisa muito importante: Hoje em dia, nesse mundo moderno cheio de informações para todos os lados, esquecemos de algo muito importante, algo da natureza da mãe, chamado instinto materno. Devemos confiar nele e tentar deixar que as coisas aconteçam da melhor maneira para você e seu bebê, sem culpa, sem sofrimento. Acredite e confie no seu instinto materno. Quanto mais você fizer isso, mais perceberá que só você entende seu bebê e que não existe ninguém no mundo que pode te falar o que e como você deve fazer. Mesmo nas piores situações você, mãe, encontrará o melhor caminho e saberá o que é melhor para o seu filho. Acredite!

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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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