Suzana Gullo abre o coração e fala da sua maternidade fora da caixa

Suzana Gullo abre o coração e fala da sua maternidade fora da caixa

A entrevista de hoje é com ela: Suzana Gullo! Cria seus filhos de pertinho, mas também acha extremamente importante namorar o marido e estar com as amigas. Não é a toa que inspira tantas mulheres. Simples, do bem, com um coração enorme e uma família incrível! 

Suzana,

Obrigada pelo carinho com o blog. Muito bacana saber como você pensa e encara os desafios que a maternidade trouxe para a sua vida!

MFC: Como é a sua rotina de mãe com os seus três filhos?

SG: Minha rotina é bem intensa pois sou aquela mãe que gosta de estar presente e acompanhar as crianças. Três filhos…já começa que a gente só tem duas mãos né? Da mão para dois e sempre sobra um. Três é um pouquinho complicado, por isso eu procuro pelo menos uma vez por semana fazer alguma coisa com cada um deles separado. Depois da escola eles tem atividades diferentes, então eu procuro acompanhar os três em dias alternados, sou uma mãe bastante presente.

MFC: Como é ser mãe de três com essa correria dos dias de hoje?

SG: Olha é uma loucura, eu não sei te explicar como eu dou conta (eu, e outras mães de famílias numerosas). Realmente é muita correria, a gente mora em uma cidade que tem muito trânsito. Não é simples no dia a dia aqui em São Paulo para quem não tem filho, imagina para quem tem três crianças. Sempre é uma correria insana. Tem que ter planejamento. Eu acho que eu só dou conta porque tudo é planejado. Eu tenho mil anotações no meu celular, no meu calendário, mil alarmes para tocar, para me lembrar das coisas. Realmente, se não tiver planejamento nada sai direito.

MFC: Eu trabalho com crianças especiais e acho muito bacana a maneira que lidam com as questões do Romeo. São um exemplo de pais que não fogem, e sim fazem o diagnóstico para oferecer ao filho o melhor que ele pode ter. E mais, sentem-se abençoados e é isso mesmo, criança especiais são anjos! Como foi a descoberta de que o Romeu era uma criança especial? Como lidaram com isso?

SG: Então, para a gente sempre foi muito natural a questão do Romeo. Eu tenho um irmão especial, então para mim é uma coisa muito orgânica que já faz parte da minha vida e da minha família. Eu aprendi que eles são anjos que são uma benção na nossa vida. Por isso, com o Romeo foi tudo muito natural. Ele nasceu prematuro, com uma displasia de quadril. Por isso desde o nascimento ele ficou na UTI. Ele fez algumas cirurgias para consertar o quadril. Mais para frente ele teve atrasos para fazer as coisas que um bebê faz: Atrasou um pouco para engatinhar, andou um pouquinho mais tarde. Mas foi tudo muito natural e leve com o Romeo, foram pequenos atrasos. Até os 7 anos de idade a gente não tinha um diagnóstico. Tanto a minha sogra que é psicóloga, e acompanhou sempre o Romeo bem de perto (o que foi maravilhoso), quanto os neurologistas sempre disseram que nesses casos mais leves do TEA (transtorno do espectro autista) o correto é não dar um rótulo ou diagnóstico até os 7 anos. Até essa idade a criança pode se desenvolver bastante. Após os 7 anos já começa a ficar um GAP maior com as outras crianças, então eu pude perceber realmente que o Romeo não fazia algumas coisas que as crianças de 7 anos faziam. Mas ele nos dava outras milhões de coisas que as crianças que não fazem parte do espectro podem oferecer. Ele é muito mais sensível, muito mais amoroso, nos ensina sobre alguns valores que as ouras crianças não ensinam. Sempre foi muito maravilhoso ter o Romeo, foi recebido com muito amor, muito carinho. Nunca tive medo nem nada parecido. A única coisa é que sempre fui muito apreensiva em oferecer o melhor para ele. Sempre fui muito ansiosa em oferecer os melhores tratamentos para o Romeo. Nesse aspecto acho que ainda continuo ansiosa. Mas aprendi também que o melhor que eu posso oferecer é o amor, o carinho e a união da família. Então tá tudo certo, ele é uma benção em nossas vidas, é uma coisa maravilhosa que me aconteceu.

MFC: Qual o conselho que você da para uma mãe que sente algo diferente no desenvolvimento do filho?

Olha, um conselho que eu gosto de dar é: muito cuidado na escolha do profissional que você vai levar seu filho. Se informe bastante antes de ir em um médico. Tem muitos médicos que dão diagnóstico antecipado, e eu considero isso um erro. Outra coisa que eu gosto de aconselhar é não ficar aflita. Sei que é difícil, mas não saia procurando nada na internet. A internet tem muita informação errada e acabamos mais preocupadas do que deveríamos ficar. Procure conversar com outras mães que já passaram por isso. Acho importante as mães acreditarem muito no potencial dos filhos e nunca tratá-los como crianças limitadas. Quando você passa a tratar seu filho como limitado, você acaba deixando de fazer algumas coisas importantes para o desenvolvimentos deles. Por isso eu nunca duvidei da capacidade do Romeo, sempre incentivei-o a fazer tudo sozinho, por mais trabalhoso que possa ser, já que eles tem o ritmo deles. Mas eu acho que a gente tem que sempre confiar que eles vão conseguir. Ttambém devemos criar um ambiente favorável para que isso aconteça.

MFC: Percebemos que você é uma super mãe fora da caixa, viaja com o maridão, sai com as amigas…. não perdeu sua essência por conta da maternidade. Acha isso importante?

Eu só não acho isso importante como acho isso fundamental para uma relação estável e duradoura. Eu não aprendi isso ao acaso e sim na raça. Eu não to aqui para falar que meu casamento é lindo perfeito e maravilhoso, que meus filhos são perfeitos pois isso existe somente nos contos de fadas. A gente já passou por muita coisa como todo o casal que está casado há muitos anos e que pretende ficar casado até o resto da vida. Realmente no início, com o nascimento do Romeo eu deixei de fazer muita coisa. Eu não acompanhava meu marido, só cuidava do meu filho, não viajava com o Marcos. Então percebi que eu estava errada. A gente passou por algumas crises como todos os casais passam, mas o importante é que a gente superou e aprendeu com os nossos erros. Eu aprendi que precisava acompanhar o marido, que tinha que arranjar tempo para namorar, para sair, para viajar. A gente tem que cuidar do casamento para ter uma relação saudável pois os filhos também se beneficiam com isso. Um casamento onde a mulher e o marido sejam namorados e felizes é super saudável para as crianças. Não é saudável um lar onde a mãe só pensa nos filhos, deixa o marido e segundo plano e não tem uma relação de amor de verdade com o marido porque as crianças sentem. Eu conto muito com a minha sogra e com a minha mãe. Eu viajo mesmo com o meu marido, sei que eles ficam super bem cuidados com as avós, eles amam, é saudável pra todo mundo, todo mundo sai ganhando.

Com relação as amigas é a mesma coisa. Para a gente cuidar bem dos filhos precisamos estar bem com nós mesmas e nos conhecer. Eu me conheço o suficiente para saber que eu sou uma pessoa super extrovertida, sempre tive muitas amigas, amo elas, preciso delas para continuar sendo essa pessoa alegre e alto astral que eu sou. Conto muito com elas para isso. Adoro sair só as mulheres falar besteira, gosto de me cuidar, de ir na academia, de estar sempre arrumada, gosto de ir no cabeleireiro. Eu gosto dessas coisas, mas tem mulheres que gostam de outras, eu acho que a gente tem sempre que fazer o que a gente gosta, o que a gente se sente bem em fazer. Ë isso que fará com que a gente se sinta feliz e cuide melhor dos filhos. Ser uma mãe extremamente dedicada, que não se cuida, e que se torna muitas vezes amargurada por essa questão não é saudável para ela nem para os filhos. Nosso estado de espírito reflete no dia a dia deles. Isso não é uma regra tá? É apenas o que eu penso.

MFC: O Marcos demonstra ser um pai super bacana, ele participa dos cuidados com as crianças? Coloca a mão na massa?

SG: O Marcos é um pai super fora da caixa. Ele participa muito com as crianças. Ele faz tudo. Nunca teve problema em trocar fralda, em dar banho em recém-nascido, acordar a noite, me ajudar na amamentação… Ele é super presente, eu não tenho um “A” para falar dele, aliás, muito pelo contrário. Tinha dias que eu pensava: Meu Deus, será que ele não vai sair para trabalhar hoje? Será que ele vai ficar aqui fazendo tudo o que eu tenho que fazer? Ele trabalha muito, mas todos os minutos que ele tem fora do trabalho ele se dedica as crianças. Eu acho isso o máximo porque é muito difícil de encontrar homens assim hoje em dia. Por isso eu acho uma benção ele ser assim, é maravilhoso. Eu procuro sempre incentivá-lo porque é muito importante para as crianças.

MFC: Incentivamos as mulheres a fazerem algo da vida fora a maternidade, ou um trabalho, ou um esporte… Enfim não deixar a identidade de mulher de lado. O que te faz feliz fora a maternindade?

SG: Acho fundamental a mulher fazer alguma outra coisa fora a maternidade. A mulher tem que estar feliz. A maternidade não pode ser um castigo para a mulher, não pode ser algo que ela tenha que se privar de todo o resto que ela gosta. Eu por exemplo, amo viajar, amo me cuidar, gosto de me encontrar com as minhas amigas, gosto de trabalhar. Eu como consultora de imagem e de moda, graças a Deus, tenho um trabalho que eu posso fazer os meus horários e escolher períodos que eu quero trabalhar. Isso facilita muito a minha presença física com as crianças. Mas eu também vejo outras mães que tem trabalhos que precisam estar mais tempo fora, e entendo. Mas mesmo a mãe que trabalha mais tempo fora tem que dedicar bastante tempo com os filhos. As crianças precisam porque é na infância que eles formam todos os valores e o caráter. Acho que a gente tem que se dedicar sim as crianças, e além disso fazer coisas que a gente gosta. Nós mulheres estando felizes cuidamos melhor dos nossos filhos. É um engano acharmos que as crianças não percebem, elas percebem muito se estamos bem ou não. Pode ter certeza que eles preferem uma mãe que ficou 1 hora na academia e voltou feliz da vida para brincar o resto do dia com eles, do que uma mãe que ficou em casa, mas que gostaria de ter ido na academia não foi,  ficou ali amargurada e não estava 100% de corpo e alma feliz. A mulher precisa fazer o que ela gosta. Tem tempo para tudo, a gente sempre pode contar com a ajuda de uma vó ou do marido. É importante a gente não perder a nossa identidade.

Uma Cor: cor da boca do meu filho Romeo (Amo, inexplicável)

Uma Cidade: Roma

Um Lugar: minha casa

Um Perfume: dolce gabanna light Blue

Uma Música: Nothing else matters – Metallica

Um Momento: em família

Uma Pessoa: meu marido

Uma Praia: mykonos

Uma Frase: ” Forever trusting who we are, and nothing else matters” “Sempre confiando  em quem nós somos, e nada mais importa”

Família Reunida

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Com os filhos Romeo, Donatella e Stefano

Com os cachorros PankeKa e Cocadinha!

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Suzana mãe fora da Caixa, malhando com o marido,

jantando com as amigas, se arrumando, e viajando

com o marido!

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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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7 Comentários

  1. Leandra - 11 de dezembro de 2015

    Adorei so confirma que familia e a base de tudo
    Suzana Parabens pela linda familia !E vc Thais pela entrevista
    Bjos

  2. Regiane - 15 de dezembro de 2015

    Adoro essa mulher !!!Sou Fãnzona mesmo !!! Adorei a entrevista Thais ❤️

  3. Daniela - 15 de dezembro de 2015

    Admiro muito essa família. ….o amor é evidente e isso é maravilhoso!
    Suzana. …arrasou! Você é top!

  4. Daniela - 16 de dezembro de 2015

    Tive o prazer de conhecer essa familia a pouco mais de 2 anos. Nao pessoalmente, mas de acompanha-los pelas redes sociais! A Suzana eh incrivel!!! Mulher de classe, linda, esposa maravilhosa e mae dedicada! Realmente a base da familia!!! E como familia sao um exemplo ! Nos dias de hoje a importancia da familia tem sido esquecida, mas a Familia do Marcos e da Suzana, tem mostrado a
    Todos que com muito amor e
    dedicaçao podemos construir laços duradouros e eternos!!!! Amo essa
    Familia!!!!

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