Paula Felten – ser mãe no interior

Paula Felten – ser mãe no interior

Convidei minha querida amiga Paula, que mora no interior do RS, na cidade de Três de Maio, para contar pouquinho da sua vida e rotina com as duas filhas lindas. A cidade dela é pequena e bem sossegada, longe das coisas que estamos acostumadas, escada rolante, cinema e outra coisitas. A entrevista está deliciosa e interessante.

Muito obrigada por ter participado Paulinha!

MFC: Como é um dia típico da sua rotina? Me descreva como é a mãe Paula Felten?

Sou uma pessoa dedicada em tudo o que eu faço, e como mãe, não poderia ser diferente. Acompanho o dia a dia das meninas, levo para a escola, busco, assim como no turno inverso. O fato de termos uma empresa familiar contribui para que eu organize meus horários a partir dos horários delas. Me considero privilegiada como mãe, por poder dedicar meu tempo à elas, pois tem muitos pais que trabalham fora e encontram pouco tempo para estar com seus filhos. Faço questão de acompanha-las no dia a dia, ajudo nas tarefas e nos estudos para as provas, vou até a escola pra saber como estão se comportando. Outro ponto que considero muito importante e que eu adoro fazer é sentar e conversar com as meninas, costumamos fazer isso todos os dias, elas adoram e no dia a dia percebo que o que eu falo ou aconselho dá resultados. Acredito que é de extrema importância as mães serem amigas dos filhos; percebo a alegria das meninas quando digo: “vou te contar porque você é minha melhor amiga”. É claro que também precisa haver respeito, mas com amor e carinho fica fácil conseguir.

MFC: Você mora no interior, tem alguma coisa que sente falta ou gostaria de dar as meninas e não tem acesso?

Muitas coisas. No que se refere à lazer, aqui existem pouquíssimas opções. No dia a dia elas sempre tem o que fazer, estão envolvidas com a escola e aulas extra-classe, como inglês, ballet, vôlei, etc. Porém nos finais de semana existem poucas opções do que fazer, programas em família, como por exemplo ir ao cinema, ou fazer passeios diferentes.  No que se refere às atividades extra-classe, também percebo que faltam opções, é o básico e só, tipo aulas de dança, teatro, vôlei, violão, inglês, ballet. As vezes vejo em programas de TV ou revistas aulas que eu nem imaginava que existiam, então vem um sentimento estranho, tipo “o que eu estou fazendo aqui neste fim de mundo?”. Mas ainda bem que logo passa, procuro ver as coisas positivas que a minha região oferece, como por exemplo, a tranquilidade para criar minhas filhas.

MFC: Hoje com acesso à internet, televisão um mundo bem consumista e materialista, como você cria suas filhas?

Com limites, e sempre explicando como são as coisas. Hoje em dia, neste mundo materialista e consumista em que vivemos, sempre estão surgindo coisas novas, se eu como mãe der tudo o que elas querem, vai ser aquela coisa muito fácil, e tenho medo que com o tempo, elas irão deixar de valorizar o que é dado. Levando isso pra vida, será que tudo o que elas desejarem facilmente vão conseguir, como no caso dos bens materiais? Acredito que há sim o desejo, mas também deve haver o bom senso dos pais, principalmente os que possuem boas condições financeiras. Sei que muitas vezes fica difícil, porque alguns amigos ganham, e elas não. Mas aí é que entra a conversa, com muito amor e carinho, e no meu caso, geralmente resolve. A Lívia (quase 10 anos) nem celular tem ainda, e o curioso é que ela não pede por isso; as vezes eu é que sinto falta de que ela tenha, pois em alguns momentos fico sem ter como me comunicar com ela (mas ainda bem que moro no interior…)

MFC: Pra você qual a fase mais difícil delas?

Sem dúvida, os 5 primeiros anos; nesta fase elas dependem inteiramente da gente, e por mais que eu desejei ser mãe, o dia a dia foi bastante cansativo nesta etapa, principalmente por elas terem 1 ano e 8 meses de diferença. No início eu tinha dois bebês para cuidar e um marido pouco presente. Hoje considero uma fase melhor porque elas são independentes, conseguem comer, tomar banho e não necessitam ser “vigiadas” permanentemente. Posso tomar meu banho tranquila, olhar um programa de televisão, ler um livro, sem ficar me preocupando o tempo inteiro se elas estão bem ou se não estão fazendo alguma “arte”. Posso ir no mercado, ou ir até meu trabalho(que fica ao lado da minha casa) e elas ficam fazendo alguma coisa em casa. Tudo isso hoje em dia pra mim é bastante tranquilo, e tempos atrás não conseguia fazer nada dessas coisas…

MFC: Qual é a programação preferida nos finais de semana em família?

Ficar em casa, fazer almoço em família, curtir nossos bichinhos(temos quatro gatos e uma cachorra), e como aqui não tem muita opção de lazer, fica nisso. As meninas costumam ir na casa de amigas ou então as amigas vêm até nossa casa. Também é interessante dizer que aqui no interior as crianças brincam muito na rua, andam de bicicleta, jogam vôlei, tudo com muita tranquilidade. E assim passamos nosso tempo nos finais de semana…

MFC: O que te faz feliz fora da maternidade?

Meu trabalho. Trabalho com meu marido numa empresa do ramo automotivo, mas sou especializada em Psicopedagogia e faço atendimento psicopedagógico, que é a minha paixão. Meu consultório é dentro da minha empresa, e consigo conciliar bem meus horários.

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Se as meninas fossem um/a:

Filme: Mauren: De repente 30  Lívia: Valente

Flor: Mauren: Rosa  Lívia: Girassol

Música: Mauren: Aquarela (Toquinho) Lívia: Funk da pata – ti bum pa (Chiquititas)

Prato: Mauren: batata-frita  Lívia: pizza

Cor: Mauren: branco  Lívia: vermelho

Animal: Mauren: gata Lívia: macaca

Sentimento: Mauren: amor   Lívia: felicidade

Local: Mauren: casa   Lívia: escola

Perfume: Mauren: Britney Spears  Lívia: Capricho Night

Sabor: Mauren: Mel   Lívia: Morango

Palavra: Mauren: companheira  Lívia: prestativa

Tipo de brinquedo: Mauren: boneca Lívia: bicicleta

Parte do corpo: Mauren: coração Lívia: pernas

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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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2 Comentários

  1. Paula Felten - 21 de março de 2015

    Gabi… amei participar, minha amiga querida! Assim como eu me encanto com as histórias que leio nos post de vcs, espero que gostem do que coloquei sobre a vida no interior, que ao comparar com a vida das cidades grandes, penso não ser melhor nem pior, mas sim, diferente… Bjão!!!!

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