Para aquela mãe que anda cansada!

Para aquela mãe que anda cansada!

Amei esse texto que encontrei na internet. Procurei, procurei e não achei quem escreveu. Portanto se alguém conhecer me avise por favor para eu poder colocar o autor!

Um texto total maternidade real para a gente refletir e se identificar!

Bjos com carinho!

“Um bebê nasce apenas uma vez, mas uma mãe nasce e renasce muitas outras. E nesse processo de recomeços, descobertas, amor e aprendizado, existe também o medo, a tristeza, a renúncia e os dias negros. Nem só de luz e sorrisos é feita a maternidade. Contudo, pouco se fala abertamente sobre a escuridão materna. É um tabu.

O bebê nasce e a mãe viveu feliz para sempre. The end. Não, mas essa não é a realidade, e sim, precisamos falar sobre isso.

Os especialistas são claros em dizer que o bebê precisa se adaptar a vida fora do útero, ser cuidado e toda essa descoberta pode lhe gerar muita angústia, mas quase ninguém conta das mudanças e das angústias da mulher, numa nova vida, num recomeço agora também como mãe.

Quando você está grávida, sempre falam do amor imensurável que você irá sentir, e no geral ele vem mesmo, para algumas mais rápido, outras nem tanto, mas no geral ele vem, e é realmente imensurável e gigantesco, o que não contam é que amor demais também traz medo, o padecer e a insegurança.

A maternidade é outrora também, uma renúncia. Sim, renunciar a liberdade de tomar um banho na hora desejada, de deitar e dormir quando e como quiser. Ir e vir como bem entender. A mãe se doa por completo, e nesse processo por vezes, ela se perde. Se doa e não mais se encontra, e se culpa, se por vezes quer se reencontrar.

Tanto se fala hoje em dia sobre as famosas “crises de crescimento” que alteram o humor, apetite, sono e comportamento dos bebês. Mas o que nenhum artigo conta é que as mulheres também passam por fases de crescimento, nesse infinito crescimento como mães e como pessoa.Educar é muito mais aprender que ensinar. Compreender é muito mais assimilar que aceitar. A mãe passa pela fase da renúncia a vida antiga, processo que varia de tempo e grau de mulher para mulher, mas que existe com todas elas. Daí ela precisa recomeçar, reaprender para por fim, renascer como mãe.

Ninguém fala que nessas fases dolorosas de crescimento e aprendizado como mãe, existirão dias em que você só gostaria de ficar sozinha, de ter colo ao invés de dar colo. Dias em que você se indagará no lugar mais secreto do seu subconsciente se fez a escolha certa ao ser mãe. Dias que perderá a paciência e sentirá todo seu corpo se corroer em dúvidas, medo e culpa. Dias escuros. E na grande maioria das vezes você sequer tem alguém para falar sobre eles.

Quantas lágrimas já não desabaram silenciosas e secretas do seu coração? O mundo parece rodeado apenas de mães felizes e realizadas.

“Não quis ser mãe, agora aguenta” é o que no geral a sociedade impõe. Não aceite este rótulo. Tem dias que você não agüenta não, porque maternidade é também um relacionamento, como qualquer outro, provido de dias ruins, dias bons, e muita entrega e estágios.

Do mesmo modo que um bebê aprende a falar, andar, comer, uma mulher também aprende a se tornar mãe. Quando se fala em desmame, desfralde, introdução alimentar dentre outros processos, sempre a preocupação e foco são o bebê. Tudo para ele não sofrer. Mas e a mãe? E aqueles pensamentos que por vezes a corroem, mas ela sequer consegue admiti-los para si.

Talvez ela só queria desmamar para poder dormir um pouco mais, sair e ter umas horas livres. Aquele xixi por toda a casa é misturado às lágrimas de cansaço e exaustão. Madrugadas em claro que quando o choro vem, você só queria chorar também e sumir. Mas não, ela sequer se permite admitir tais sentimentos, quanto menos vivenciá-los ou falar sobre eles.

Dizem que devemos criar os filhos para o mundo, ensiná-los a voar, mas ninguém nos conta o que devemos fazer quando eles simplesmente voam, e você fica ali, sentindo-se flutuar sem chão.

Mãe, se você está tendo um dia ruim, sentindo toda sua força se esvair, olhe para seu filho. Ali está sua força, descubra que você não só a doou como também a multiplicou em si. Você é maior do que pensa, e tão humana quanto qualquer outro. Você não é a pior mãe do mundo.

Todas as mães têm um baú trancafiado de dias escuros na maternidade, nós somente não falamos sobre eles, muito menos permitimos abri-lo até para nós mesmas.

Você não está sozinha. Não tenha medo da tempestade, deixe-a vir e se abrandará. Não se esconda da escuridão, se permita e enxergará a luz.”

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Thaís Vilarinho

Mãe de dois meninos lindos Matheus e Thomás, Fonoaudióloga Clínica. Pratico corrida e Muay Thai. Adoro escrever, viajar, escutar música, ver um bom filme, sair e estar com a família e os amigos. Sou curiosa, adoro conhecer e aprender coisas novas.

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12 Comentários

  1. Fabiana - 8 de julho de 2016

    Nossa! Excelente texto. Retratou muito bem o universo de ser mãe, o outro lado. que realmente nunca é dito. Muitas vezes me peguei querendo mostrar esta realidade para algumas futuras mães mas senti que não fui muito bem compreendida, chegando a ser até hostilizada. Por fim, desisti. Guardo pra mim meus pensamentos e meus sentimentos, bem como está descrito. Amo infinitamente e incondicionalmente meus filhos, são mesmo pedacinhos de mim Mas muitas e muitas vezes me peguei com o questionamento e até mesmo com a afirmação – “Não nasci para ser mãe” e logo em seguida o sentimento de culpa tomou conta. Hoje lido melhor com tudo isso e sei que não está restrito a minha pessoa.

  2. erica - 14 de agosto de 2016

    Nossa como é bom ler essas coisas, e lembrar que eu sou humana.

  3. Ana - 9 de fevereiro de 2017

    Gostei muito do texto. Pensei que somente eu me sentia assim, as vezes. Amo minha filha que, só com dois meses de vida, se tornou tudo para mim, a razão da minha vida. Mas estou muito cansada. Todo dia tento estabelecer uma rotina com descanso, mama e brincadeiras adequadas p ela, mas quando ela chora e eu não consigo acalentar…fico doidinha. São 24h de dedicação e fico pensando em quando terminar a licença. Mas vai dar tudo certo. Deus nos capacita para nossa missão.

    • Thaís Vilarinho
      Thaís Vilarinho - 22 de fevereiro de 2017

      Oi Ana,
      Que bom que se identificou com o texto! Ë exatamente assim que me sentia, cansada o tempo todo. e vou te falar que depois que eles crescem o cansaço só muda de físico para mental. Nossa… cansa demais, mas é a nossa missão e a gente ama eles mais que tudo não é? Bjos com carinho, Thaís

  4. Juan - 9 de março de 2017

    Muito bom o texto. Cabe perfeitamente também ao pai da criança, caso este seja presente, porque além de dar alento ao bebê, dá também para a mãe e não pode, em hipótese alguma, fraquejar, porque é o alicerce da casa e de toda a estrutura familiar. Se rasga de saudade da esposa e do bebê quando sai pra trabalhar. Toda moeda tem dois lados.
    Largamos nossas vidas como conhecidas antes, nos dedicamos exclusivamente e exaustivamente à família. Também não dormimos a noite dando atenção à esposa e ao bebê, caso necessitem de algo no momento da amamentação.

  5. Nivea - 26 de maio de 2017

    A poucos instantes estava me acabando de chorar… Hoje já é mais tranquilo! Mais tenho comigo um sentimento de culpa! Eu sou louca pelo meu filho, mais no início foi muito difícil, muito complicado! Por várias vezes chorei e até hoje choro madrugada a fora por achar que não dei o meu melhor quando ele ainda era um recém nascido. Eu sempre quis fazer tudo sozinha pra ele! Mais por várias vezes me peguei chorando, cansada, exausta e me perguntando se eu realmente deveria ter sido mãe! Eu sofrir tudo isso calada e apenas para o meu esposo quando ele me pegava chorando eu abria o jogo e falava tudo que estava sentindo. Mais independente de tudo isso Eu Amo Ser Mãe, Esse Amor intenso e incondicional que sinto pelo meu filho eu viveria tudo novamente! Eu tento não me culpar tanto, mais espero que um dia esse sentimento passe e essa cobrança que tenho comigo mesma diminua um pouco mais!

  6. Mariana - 18 de junho de 2017

    Era tudo o q precisava ler hoje. Muito obrigada!!!!

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